Alopecias

As alopecias são um grupo de condições que afetam o cabelo, resultando em perda capilar parcial ou completa. Elas podem ocorrer por diversas razões, incluindo fatores genéticos, condições médicas subjacentes, estresse, infecções ou lesões no couro cabeludo. Existem vários tipos de alopecia, cada um com suas características específicas:

  • Alopecia Androgenética: Também conhecida como calvície masculina ou feminina, é a forma mais comum de alopecia. Ela é geneticamente determinada e resulta em afinamento progressivo do cabelo e recuo das linhas capilares em homens e afinamento difuso em mulheres.
  • Alopecia Areata: Caracteriza-se por áreas geralmente circulares, lisas, sem pelos, que podem confluir, formando áreas maiores. Mais comum em couro cabeludo e barba, mas pode atingir todos os pelos do corpo (quadro chamado de alopecia universal).
  • Alopecia Cicatricial: Essa forma de alopecia é causada por inflamação crônica que leva à destruição permanente dos folículos capilares. À medida que o couro cabeludo cicatriza, os folículos são substituídos por tecido cicatricial, impedindo o crescimento do cabelo na área afetada. Pode ser um quadro final decorrente de diversas doenças, como lúpus, líquen plano pilar, foliculite decalvante, entre outras.
  • Alopecia Traumática: Resulta da manipulação excessiva do cabelo, como penteados apertados (tranças, coques ou rabos-de-cavalo – chamada alopecia de tração), uso frequente de calor ou traumas físicos no couro cabeludo. A perda de cabelo ocorre devido a danos diretos aos folículos.
  • Alopecia Totalis e Alopecia Universalis: Estas são formas extremas de alopecia areata, onde ocorre a perda completa de cabelo no couro cabeludo (alopecia totalis) ou em todo o corpo (alopecia universalis).
  • Alopecia frontal fibrosante: cada vez mais comum, sobretudo em mulheres após 50 anos, ocorre a retração da linha de implantação dos cabelos (“a testa vai ficando maior”), por processo autoimune. É comum também haver perda progressiva das sobrancelhas. 

O tratamento da alopecia varia dependendo do tipo e da causa subjacente. Para a alopecia androgenética, medicamentos como minoxidil e finasterida podem ser prescritos para estimular o crescimento capilar. A alopecia areata pode responder ao tratamento com corticosteróides tópicos ou injeções de corticosteróides no couro cabeludo. Em casos mais graves, outros tratamentos imunossupressores podem ser considerados. Os demais quadros devem ser avaliados individualmente para definição do melhor tratamento. Em casos onde não haja inflamação ativa, tratamentos injetáveis (intradermoterapia ou MMP) mostram-se bastante eficazes para acelerar e manter uma boa resposta terapêutica.

Embora a alopecia não seja uma condição de saúde grave, ela pode ter um impacto emocional significativo na vida das pessoas, afetando a autoestima e a imagem corporal. Muitas vezes, próteses capilares ou maquiagens, como fibras eletrostáticas, ajudam na autoestima dos pacientes e são recomendadas, em paralelo aos tratamentos propriamente ditos.

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